Sindicato da Alimentação de Alegrete

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Marcos Rosse-Presidente

sábado, 28 de abril de 2012

Japeri, RJ, é a cidade do país com mais demora para chegar ao trabalho IBGE diz que 20,6% da população de Japeri leva mais de 2h no percurso. Queimados e Nova Iguaçu estão entre as quatro primeiras.

O Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) confirmou o sufoco que é depender de transporte para quem mora na Baixada Fluminense. Entre todas as cidades do Brasil, Japeri é a que tem o maior índice de trabalhadores que levam mais de duas horas para chegar ao serviço.

A situação é semelhante entre moradores de outros municípios Baixada: em 4º lugar fica Nova Iguaçu, e Queimados, fica na 3ª posição, conforme mostra o RJTV.

Ao todo, 20,6% dos moradores de Japeri levam mais de duas horas no percurso de casa até o local de trabalho, segundo o IBGE. Para mostrar essa realidade, uma equipe do RJTV foi à cidade, no bairro Nova Belém, onde encontrou o entregador Cléber Moulim.
"Eu levo de 20 a 25 minutos andando. Ônibus tem, só que essa hora fica difícil porque ele passa uma hora, passa outra e demora. E também a volta que ele dá, que ele passa pelo outro lado, é o tempo que eu já vou andando até a estação", contou o trabalhador.
O trem parte cheio e, em minutos, Cléber dá sinais de cansaço. Às 7h20, ele chega à estação Central do Brasil, no Centro do Rio, duas horas depois de sair de casa. No entanto, a viagem não terminou por alí.

“Eu ainda vou andando até o trabalho”, explicou. A equipe acompanhou o jovem até o trabalho e constatou que, em passo acelerado, ele leva 20 minutos para chegar à fábrica onde trabalha. “Eu tenho que fazer esse percurso bem rápido, para acordar um pouco mais tarde, e dormir um pouquinho mais”, disse ele.

Viagem de trem pode durar 1h40

Assim como Cléber, muita gente precisa enfrentar uma rotina de atleta. O locutor José de Castro também é morador de Japeri. Ele anda 10 minutos até a estação. A viagem de trem pode durar 1h40 e, depois, caminha por mais 15 minutos.

“A gente se sente lesado pelo poder público, de não ter um meio melhor para poder ajudar essas pessoas como eu”, reclamoui José de Castro.

Fabiane é quase uma triatleta. Primeiro, 20 minutos de bicicleta, depois, 1h40 no trem, e, por fim, mais 20 minutos a pé. “Bem cansativo. Chega a noite, o corpo já não aguenta”, disse a jovem.

Pouco tempo para descanso

Tempo demais nos transportes, pouco tempo para descansar. "Seria o tempo de eu fazer um café, me arrumar direitinho, arrumar as minhas coisas e sair deixando a minha casinha tranquila", disse Castro.

Já Cléber acredita que tanto tempo no percurso até o trabalho é muito desgastante. "O que causa mesmo é estresse, tanto o físico quanto o emocional. É um estresse só essa rotinha todo o dia, de segunda a sábado, é essa rotina aí", revelou Cléber.

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