Sindicato da Alimentação de Alegrete

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Marcos Rosse-Presidente

segunda-feira, 18 de março de 2013

O futuro da saúde pública




Artur Bueno de Camargo (*)

            Qualquer plataforma de governo quer seja municipal, estadual e principalmente federal, que não tenha como prioridade investimento na saúde pública, com certeza demonstra que tal governo não tem por principio o bem estar das pessoas de menor poder aquisitivo. Isto nos demonstra que este governo jamais levará justiça social à sociedade brasileira.
            Entendemos que só é possível que todos vivam com dignidade, quando é proporcionado para todos os cidadãos, um sistema digno de saúde pública, tanto para prevenção, quanto para recuperação da saúde. Não existe bem estar sem saúde.
            Aqueles que têm condições de pagar um plano de saúde, ou conquistaram direito a um plano na empresa em que trabalham, para cuidar da própria saúde e da família, não podem deixar de cobrar dos governos investimentos para melhorar a saúde pública.
            Esta cobrança deve ser feita, se não for pelo princípio da igualdade entre todos os cidadãos, que seja para melhorar os parâmetros dos serviços oferecidos pelos planos de saúde. É evidente que ao melhorar os serviços oferecidos pela saúde pública, os planos de saúde terão que melhorar os seus. Caso contrário, todos aqueles que estão conveniados em planos que praticamente se igualam à saúde pública passarão a utilizar o SUS.
            Caros leitores, este assunto ganha manchetes nos noticiários que dão conta de que a Presidente Dilma Rousseff (PT) vem se reunindo com vários representantes de planos de saúde, em especial com aqueles que contribuíram com o financiamento da campanha presidencial em 2010. A Presidente tem feito reuniões, também, com os grupos de capital estrangeiro que são sócios dos planos de saúde brasileiros. É hora de toda sociedade brasileira colocar-se em alerta!
            Todas estas reuniões realizadas por este governo com os empresários dos planos de saúde objetivam determinar medidas de redução de impostos, para subsidiar os referidos planos de saúde, a fim de expandir a assistência médica suplementar.
            Na nossa avaliação esta iniciativa é uma forma disfarçada de privatizar a saúde pública! Ora, o SUS – Sistema Único de Saúde é mantido pela sociedade, portanto, ele é da sociedade e para a sociedade!
Este governo, assim como todos os anteriores, foi eleito com o dever de melhorar a assistência médica para toda a população. E não para criar meios de aumentar o lucro de empresários, em detrimento do bem estar da sociedade.
Se, efetivamente, este governo pretende privatizar a saúde, além de ser inconstitucional haverá abandono da busca da melhoria da saúde pública, para atendimento da população.
Não podemos deixar isto acontecer, pois é dever de todos nós, enquanto cidadãos, cobrarmos deste governo uma administração voltada para o bem estar de todos!

(*) Presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação (CNTA) e vice-presidente da Federação dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação do Estado de São Paulo.

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