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Marcos Rosse-Presidente

segunda-feira, 18 de março de 2013

Crise: Marfrig demite trabalhadores com dinheiro publico na unidade de São Gabriel


 
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TERÇA-FEIRA, 14 de março de 2013.
Crise: Marfrig demite trabalhadores com dinheiro publico na unidade de São Gabriel
 
Conforme soubemos nos últimos dias, a unidade local do Frigorífico Marfrig está dispensando trabalhadores nos últimos dias. Até esta quinta-feira (14), 140 trabalhadores foram demitidos e o número tenderia a aumentar ainda mais. O Presidente do Sindicato das Indústrias da Alimentação de São Gabriel, Gaspar Neves, salienta que a situação é preocupante.
 
Gaspar informou que o Marfrig alegou falta de matéria-prima para abate, para justificar as demissões. "Além disso, o que colabora também é a exportação de boi vivo, principalmente na região de Pelotas, o que torna a matéria-prima escassa. E isso é muito ruim para a região", frisa. O Frigorífico possui atualmente 677 trabalhadores, sendo que 97 estão no INSS para perícia, por lesões decorrentes do trabalho.
 
Gaspar Neves, presidente do Sindicato da Alimentação: "É uma situação muito preocupante, ainda mais que a empresa recebe investimentos dos Governos Federal e Estadual para gerar empregos em São Gabriel"
O presidente questiona a ação do Marfrig, desempregando trabalhadores mesmo recebendo incentivos dos Governos Federal e Estadual para gerar emprego. "A empresa recebe recursos como empréstimos e benefícios do BNDES, está inscrita no Agregar Carnes RS (que deduz ICMS da empresa para investimentos) para manter os postos e demite trabalhadores, isso não podia acontecer, vamos cobrar também", salientando que nos últimos anos, o Frigorífico tem estado instável nesta questão.
 
"É uma preocupação nossa nos últimos anos. Só em 2011, mesmo, foram 200 demissões, e a unidade tem realizado abates muito pequenos, com pouca matéria-prima", afirmou. Gaspar ainda informa que mesmo pagando estas demissões em dia, ainda há pendências do Frigorífico com trabalhadores que já saíram. Os trabalhadores demitidos de 2010 a 2012, cujos complementos resultantes de acordo coletivo deveriam ter sido pagos, não ocorreram estes pagamentos.
 
"Inclusive, também não foram quitados o FGTS dos trabalhadores que estão no INSS, com auxílio-doença e que foram transformados em auxílio-doença acidentário", explicando que é preocupante trabalhadores que ficam com problemas de saúde ocupacional e que são demitidos.
 
"É um grande grupo que veio gerar muitos empregos, mas que acaba não sendo correspondida esta expectativa, e muitos trabalhadores que estão de 3 a 6 anos neste mercado, ao serem demitidos, saem com estes problemas. Eles vão conseguir emprego onde?", finalizando que houve casos até de duas demissões na mesma família, como de casais que trabalham na instituição, ao mesmo tempo.
 
As demissões podem aumentar até o final da semana. Já se fala talvez em 150 dispensas, o que é preocupante para a economia local.
 

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