Brasília, 10 de junho de 2013.
A/C: PRESIDENTE
Prezados (as) Companheiros (as):
A
persistência das lideranças sindicais, em resistir à imposição e intransigência
dos detentores do capital, contra os trabalhadores, precisa ser intensificada,
cada vez mais.
Precisamos
defender sempre o princípio do Movimento Sindical, que é a sua essência e a
razão de sua existência – RESISTIR ao domínio do poder econômico sobre aqueles
que labutam, no dia a dia, para sobreviverem e, na maioria das vezes, não obtêm
sequer o respeito por parte dos capitalistas e daqueles que estão a serviço do
capital.
É
comum ouvirmos de dirigentes sindicais que os trabalhadores, em suas bases, não
querem levar a luta adiante, para resistirem à imposição, à exploração e à
falta de respeito por parte de muitos empregadores. Este fato é lamentável,
mas, real!
Companheiros
(as) vamos pensar juntos! Qual a razão que leva os trabalhadores a não estarem
mais dispostos a resistir à imposição dos empregadores?
Será
que não é hora de fazermos uma profunda reflexão? Nós, que fomos eleitos para
representar uma categoria profissional, queremos e trabalhamos para
conscientizar nossos representados, de que resistir à exploração é defender
nossa dignidade?
Sabemos
que o sistema capitalista tem enorme força sobre os Governos, que sempre acabam
dando maior atenção aos detentores do capital, do que para os que detêm a força
de trabalho. E muitas vezes, aqueles que estão para fazer justiça, acabam
defendendo o capital!
Cabe
a nós unificarmos nossa luta de classe e defendermos grandes campanhas para
retomarmos a essência e os princípios de uma verdadeira entidade sindical de
trabalhadores.
Não
temos qualquer dúvida de que o movimento sindical brasileiro, desde o seu
início, no século XIX, alcançou muitas conquistas para a classe trabalhadora,
através de suas grandes lutas.
Mas,
não podemos negar que de algum tempo para cá, os resultados de nossas lutas não
têm alcançado o patamar necessário, justo e na mesma proporção do
desenvolvimento do nosso país.
Podemos
exemplificar com algumas situações que temos insistido, mas não evoluímos na
luta, como as 40 horas semanais; derrubada do fator previdenciário; igualdade
de salários entre homens e mulheres e o fim das demissões arbitrárias, que vêm
proporcionando uma rotatividade de mais de um milhão de demissões, mensalmente,
causando redução de salário aos trabalhadores.
Companheiros
e companheiras estamos vendo, dia a dia, muitos líderes sindicais resistirem a
estes ataques impostos pelos detentores do capital e os que servem a eles, que
constantemente tentam tirar os direitos dos trabalhadores.
Mas,
precisamos refletir sobre uma parcela do movimento sindical, que parece não
estar disposta a resistir aos ataques do poder econômico, em detrimento da
classe trabalhadora.
Não
temos dúvidas de que a luta na busca da justiça não é fácil, mas, se
espontaneamente ou motivados por outras pessoas, nos prontificamos, nos
candidatamos e fomos eleitos pelos nossos representados, vamos juntos trabalhar
para despertar em cada companheiro e companheira, que faz parte da classe
trabalhadora, a vontade de lutar, até alcançarmos a tão sonhada justiça social.
Não
tenham dúvidas, temos pleno conhecimento das dificuldades que cada dirigente
sindical tem em sua base e sabemos do esforço de cada um, na busca para dar
respostas com resultados satisfatórios, ao trabalhador, objetivando manter o
prestígio da entidade.
Portanto,
se juntarmos todas as nossas forças para trabalharmos, fazendo campanhas de
conscientização para toda a classe trabalhadora, conseguiremos, que todos os
trabalhadores e todas as trabalhadoras sejam respeitados e valorizados. Com
certeza, desta forma, as negociações obterão melhores resultados e os Governos
darão mais atenção à representação e, as entidades sindicais se tornarão mais
fortes e prestigiadas, por toda a Nação!
Companheiros
(as) estamos levando este esboço para discutirmos, com as 18 Confederações e as
3 Centrais Filiadas ao FST (Fórum Sindical de Trabalhadores).
Portanto,
dê na sua opinião, faça críticas e mande suas sugestões.
Saudações
sindicais.
ARTUR BUENO DE CAMARGO
PRESIDENTE
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