Sindicato da Alimentação de Alegrete

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Marcos Rosse-Presidente

quarta-feira, 12 de junho de 2013

À DIRETORIA DOS SINDICATOS E DAS FEDERAÇÕES DE TRABALHADORES DA CATEGORIA DA ALIMENTAÇÃO

Brasília, 10 de junho de 2013.                      

                                                
A/C: PRESIDENTE

           
Prezados (as) Companheiros (as):

            A persistência das lideranças sindicais, em resistir à imposição e intransigência dos detentores do capital, contra os trabalhadores, precisa ser intensificada, cada vez mais.
            Precisamos defender sempre o princípio do Movimento Sindical, que é a sua essência e a razão de sua existência – RESISTIR ao domínio do poder econômico sobre aqueles que labutam, no dia a dia, para sobreviverem e, na maioria das vezes, não obtêm sequer o respeito por parte dos capitalistas e daqueles que estão a serviço do capital.
            É comum ouvirmos de dirigentes sindicais que os trabalhadores, em suas bases, não querem levar a luta adiante, para resistirem à imposição, à exploração e à falta de respeito por parte de muitos empregadores. Este fato é lamentável, mas, real!
            Companheiros (as) vamos pensar juntos! Qual a razão que leva os trabalhadores a não estarem mais dispostos a resistir à imposição dos empregadores?
            Será que não é hora de fazermos uma profunda reflexão? Nós, que fomos eleitos para representar uma categoria profissional, queremos e trabalhamos para conscientizar nossos representados, de que resistir à exploração é defender nossa dignidade?
            Sabemos que o sistema capitalista tem enorme força sobre os Governos, que sempre acabam dando maior atenção aos detentores do capital, do que para os que detêm a força de trabalho. E muitas vezes, aqueles que estão para fazer justiça, acabam defendendo o capital!
            Cabe a nós unificarmos nossa luta de classe e defendermos grandes campanhas para retomarmos a essência e os princípios de uma verdadeira entidade sindical de trabalhadores.
            Não temos qualquer dúvida de que o movimento sindical brasileiro, desde o seu início, no século XIX, alcançou muitas conquistas para a classe trabalhadora, através de suas grandes lutas.
            Mas, não podemos negar que de algum tempo para cá, os resultados de nossas lutas não têm alcançado o patamar necessário, justo e na mesma proporção do desenvolvimento do nosso país.
            Podemos exemplificar com algumas situações que temos insistido, mas não evoluímos na luta, como as 40 horas semanais; derrubada do fator previdenciário; igualdade de salários entre homens e mulheres e o fim das demissões arbitrárias, que vêm proporcionando uma rotatividade de mais de um milhão de demissões, mensalmente, causando redução de salário aos trabalhadores.
            Companheiros e companheiras estamos vendo, dia a dia, muitos líderes sindicais resistirem a estes ataques impostos pelos detentores do capital e os que servem a eles, que constantemente tentam tirar os direitos dos trabalhadores.
            Mas, precisamos refletir sobre uma parcela do movimento sindical, que parece não estar disposta a resistir aos ataques do poder econômico, em detrimento da classe trabalhadora.
            Não temos dúvidas de que a luta na busca da justiça não é fácil, mas, se espontaneamente ou motivados por outras pessoas, nos prontificamos, nos candidatamos e fomos eleitos pelos nossos representados, vamos juntos trabalhar para despertar em cada companheiro e companheira, que faz parte da classe trabalhadora, a vontade de lutar, até alcançarmos a tão sonhada justiça social.
            Não tenham dúvidas, temos pleno conhecimento das dificuldades que cada dirigente sindical tem em sua base e sabemos do esforço de cada um, na busca para dar respostas com resultados satisfatórios, ao trabalhador, objetivando manter o prestígio da entidade.
            Portanto, se juntarmos todas as nossas forças para trabalharmos, fazendo campanhas de conscientização para toda a classe trabalhadora, conseguiremos, que todos os trabalhadores e todas as trabalhadoras sejam respeitados e valorizados. Com certeza, desta forma, as negociações obterão melhores resultados e os Governos darão mais atenção à representação e, as entidades sindicais se tornarão mais fortes e prestigiadas, por toda a Nação!
            Companheiros (as) estamos levando este esboço para discutirmos, com as 18 Confederações e as 3 Centrais Filiadas ao FST (Fórum Sindical de Trabalhadores).
            Portanto, dê na sua opinião, faça críticas e mande suas sugestões.


            Saudações sindicais.


            ARTUR BUENO DE CAMARGO
            PRESIDENTE

            

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