Sindicato da Alimentação de Alegrete

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Marcos Rosse-Presidente

segunda-feira, 9 de abril de 2012

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quarta-feira, 4 de abril de 2012

NÃO TEM JEITO! GOVERNO DILMA USA DINHEIRO PÚBLICO PARA FAZER CUMPRIMENTO COM O CHAPÉU ALHEIO!

Artigo por: Darci Pires da Rocha (*)

As medidas anunciadas pelo governo com pompa e circunstância pela grande mídia, do pacote de “ajuda” aos empresários nacionais é uma afronta à classe trabalhadora.
Não vou me ater a todos os pontos do pacote, mas no geral, atrevo-me a dizer que o que já é ruim pode ser ainda muito pior do que qualquer um supõe, porque esse gigantesco aporte de recursos públicos, que o governo estima em 60 bilhões de reais, pode ter sido concedido sem que qualquer contrapartida social tenha sido exigida das empresas, ou seja, nem garantia de geração de empregos, nem de queda nos preços dos produtos, absolutamente nada. Tomara que eu esteja errado quanto a isso!
O argumento patronal da desindustrialização, da crise, da falta de competitividade e que tudo isso poderia provocar o fechamento de postos de trabalho é uma balela, mas tão bem ensaiada com o governo e com a mídia, que não vai faltar quem defenda sem perceber que o Governo está fazendo “cumprimento com o chapéu alheio”, ou seja, usando os cofres públicos para ser “generoso”, e não faltarão empresários para afirmar que ainda foi pouco. O que eu duvido é que alguém pergunte por que essa generosidade é sempre com os empresários e nunca com os trabalhadores?
Aliás, será por isso que, coincidentemente, no dia seguinte ao anuncio do “pacote”, a CNI – Confederação Nacional das Indústrias divulgou uma pesquisa em que a popularidade da Dilma subiu? Pelo visto, ser generoso com empresário da IBOPE!
Mas ainda se fosse mesmo para garantia de empregos, menos mal, só que isso não é verdade. Na prática o movimento sindical sabe, e não faltam exemplos nas indústrias da alimentação, que quando um ramo empresarial tem problemas, recorre aos cofres públicos para se fortalecer, argumentando que não quer desempregar. Mas e quando ele fica forte? Bom, aí investe em tecnologia de ponta, concentra produção, fecha fábrica, desemprega milhares de trabalhadores sem o mínimo pudor, e o que é pior, com o lucro obtido à custa do dinheiro público. E são os mesmos empresários que sempre afirmaram serem contra a intervenção do governo na economia! Acreditem se quiser!
Tudo isso é um absurdo, ainda mais porque nunca conheci um trabalhador com problemas financeiros que tivesse suas dívidas perdoadas, recebesse dinheiro a fundo perdido ou fosse isento de pagar impostos por governo nenhum! Mas a questão da isenção de empresas dos tributos previdenciários é, simplesmente, revoltante!
Revoltante porque em todos esses anos como trabalhador de carteira assinada e de militância sindical, tenho visto serem exigidos os maiores sacrifícios de todos os trabalhadores, especialmente dos aposentados, sob o argumento de termos uma previdência social deficitária que não suportaria nem sequer o salário mínimo constitucional, quanto mais pagar uma aposentadoria decente.
Mas, o mesmo Governo que em nome do “enorme déficit” da previdência, vetou o fim do fator previdenciário, que tira de 20 à 30% do valor das aposentadorias, o mesmo governo que por conta do “suposto” rombo financeiro da previdência, negligencia atendimento a trabalhadores acidentados e adoecidos, inclusive que criou a alta programada, que devolve os trabalhadores ao setor produtivo sem a mínima condição de trabalho e sem respeitar o tempo de recuperação de cada indivíduo, é o mesmo governo que abriu mão de 20% da contribuição previdenciária patronal.
Agora eu pergunto, trabalhadores e aposentados foram ludibriados esses anos todos ou será que existe outra previdência com os cofres abarrotados que ninguém conhece?
Será que o governo vai rever os graves erros cometidos contra os trabalhadores na previdência, ou vai continuar sendo condenado na justiça a corrigir benefícios e aposentadorias e alegando que não tem dinheiro?
Em outros tempos, o mínimo que o movimento sindical faria, seria exigir do governo o fim do fator previdenciário, a revisão imediata de todas as aposentadorias e o cumprimento do salário mínimo constitucional, ou deflagraria uma greve geral. Mas parece que agora as prioridades são outras, pelo menos para algumas correntes sindicais, o negócio é plebiscito, é discutir quem é mais ou menos combativo, é mudar a estrutura sindical, flexibilizar a legislação trabalhista, e tudo isso pra ficar “moderno” e não atrapalhar o empresariado de ganhar mais dinheiro.
A verdade é que essas medidas deixam claro que esse governo tem lado, e não é o dos trabalhadores, com certeza!
(*) Vice-Presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação de Pelotas e coordenador político da sala de apoio da CNTA aos sindicatos da alimentação da região sul.

terça-feira, 3 de abril de 2012

O QUE ESTÁ POR TRÁS DA SUPOSTA BONDADE?!

Artur Bueno de Camargo (*)


Nos últimos dias, temos assistido, na mídia, um movimento da CUT – Central Única dos Trabalhadores, que na verdade não é a única, pois existem mais 05 (cinco) centrais, também reconhecidas pelo Ministério do Trabalho e Emprego – MTE, em nosso país.
Pois bem, contrariando as outras 05 (cinco) centrais, assim como a maioria das entidades sindicais de 1º, 2º e 3º graus, inclusive sindicatos filiados à própria CUT, a direção desta referida central decidiu fazer um movimento para desenvolver uma campanha direcionada à aprovação do fim da contribuição sindical.
A maior contradição desta iniciativa não é a defesa do fim da contribuição sindical sem o apoio da maioria das entidades sindicais, inclusive da sua própria base, mesmo porque a cúpula da CUT também defende a “pluralidade sindical”, o “negociado sobrepor-se ao legislado”, a “flexibilização dos direitos trabalhistas”, a aprovação da “Convenção 87, da OIT (Organização Internacional do Trabalho)” e a PEC (Projeto de Emenda Constitucional) 369, do Poder Executivo, e tudo também sem a concordância da maioria. Vale lembrar que tudo isto vem para retirar direitos dos trabalhadores e diminuir a força de negociação das entidades sindicais.
As maiores contradições da cúpula da CUT, entre outras, estão na falta de um debate aberto, com todo movimento sindical, acerca de suas reais pretensões; na aceitação da “benevolência” do ex-presidente Lula, que destinou 10% (dez por cento) da contribuição sindical para as centrais, que só no ano passado somou R$ 115,8 milhões de reais, tendo ficado a CUT com a maior parte deste valor, e ainda, quando o ex-presidente Lula vetou o fim do fator previdenciário, causando prejuízo a milhares de trabalhadores – a CUT se calou!
É importante salientar que a cúpula da CUT, desde o governo Lula, passou a defender a política do Executivo do PT (Partido dos /trabalhadores). E tanto isso é verdade que muitas lideranças se desligaram da CUT, por não concordarem com a sua decisão de apoiar políticas que a própria central sempre criticou nos governos anteriores, a exemplo da política econômica, mantida pelo governo Lula, inclusive com a manutenção do Presidente do Banco Central, Henrique Meirelles.
Portanto, como nunca estivemos comprometidos com nenhum partido político e sempre defendemos a liberdade, a autonomia das entidades sindicais e as causas dos trabalhadores, independentemente de partido e governo, alertamos o movimento sindical e a classe trabalhadora para ficarem atentos a esta iniciativa da cúpula da CUT, que está junto com este governo para acabar com a contribuição sindical, a fim de enfraquecer a estrutura sindical em nosso país!
Em suma: nossos direitos sociais estão altamente ameaçados!

(*) Presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação (CNTA) e vice-presidente da Federação dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação do Estado de São Paulo.

O DESEMPENHO DO SETOR DE ARROZ!

Por: Darci Pires da Rocha (*)

Todos os anos, sempre que se aproxima a data base de alguma categoria, o que não faltam são notícias enumerando as dificuldades patronais com o desempenho dos diversos setores, no ramo da alimentação não é diferente.
Poderia enumerar diversos exemplos como a gripe aviária e a crise internacional, que serviram como justificativas para medidas de “ajustes”, demissões e de reajustes bem inferiores aos anseios dos trabalhadores por parte das empresas. Esse ano, especificamente no Rio Grande do Sul, a bola da vez é a seca.
É só abrir os noticiários, e logo temos notícias de que a previsão de crescimento do setor agropecuário e da economia do próprio estado, para esse ano, é menor que a do ano anterior.
Em relação ao setor do arroz, embora todas as notícias falem em redução da safra em relação ao ano passado, que foi um ano de safra recorde, está claro que haverá crescimento! Somado a isso, se contarmos que o governo federal investiu 737 milhões e adotou medidas para garantir o preço e a comercialização do produto, potencializando o setor, sem dúvida, a indústria do arroz não tem do que se queixar.
A verdade, é que os trabalhadores sim têm motivos de sobra para não estarem nada satisfeitos com os salários pagos pelas indústrias, e como não haverá medidas governamentais de incentivo a um preço justo dos salários, cabe aos sindicatos de trabalhadores da alimentação do Rio Grande do Sul reivindicar um reajuste compatível a um setor que responde por mais de 65% da produção de arroz nacional e não se deixar influenciar pela velha e conhecida “choradeira” patronal, porque esse ano é a seca, como ano passado foi à crise e ano que vem será outra desculpa qualquer.
(*) Vice-Presidente do STICAP – Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação de Pelotas e Região e Coordenador político da sala de apoio da CNTA aos sindicatos de trabalhadores da alimentação da região sul.
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