Sindicato da Alimentação de Alegrete
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Marcos Rosse-Presidente
Marcos Rosse-Presidente
quarta-feira, 29 de agosto de 2012
ACORDO COLETIVO ESPECIAL É FLEXIBILIZAÇÃO TRABALHISTA É PRECISO DIZER NÃO!
O Sindicato dos Metalúrgicos do ABC (SMABC), uma das entidades mais importantes da CUT,
apresentou ao governo federal e ao presidente da Câmara dos Deputados, uma proposta de
Anteprojeto de Lei que muda a legislação trabalhista criando o Acordo Coletivo de Trabalho com
Propósito Específico e pedindo pressa para sua aprovação. Para alem dos argumentos elencados na
cartilha que o Sindicato preparou para defender a sua proposta, o que salta aos olhos é que se trata
de mais uma tentativa de mudar a legislação para que passe a prevalecer – na negociação coletiva
entre o sindicato e a empresa – o negociado sobre o legislado.
Já houve duas tentativas de implantação desta mudança na CLT nos últimos anos. Foram levadas a
cabo primeiro por FHC, em seu segundo mandato, quando tentou aprovar uma mudança na
Constituição Federal e, depois, no artigo 618 da CLT. Depois, este mesmo propósito aparecia nos
debates da proposta de Reforma Sindical construída no Fórum Nacional do Trabalho constituído
pelo governo Lula em seu primeiro mandato. As duas tentativas foram frustradas pela resistência
dos trabalhadores e grande parte de suas organizações sindicais que pressionaram o Congresso
Nacional e impediram a aprovação daquelas propostas.
O que se pretende com este tipo de proposta é abrir mais uma porta para a flexibilização,
diminuição ou eliminação de direitos e benefícios dos trabalhadores, por meio da negociação com
os próprios sindicatos. Não é mera coincidência que os argumentos do SMABC para defender a sua
proposta sejam tão semelhantes aos que foram usados por FHC à sua época. Ou depois, nos debates
relacionados à proposta de Reforma Sindical construída no Fórum Nacional do Trabalho, em 2004.
A argumentação central é a mesma de sempre: a CLT é antiga, ultrapassada, antiquada para o
momento atual, e prejudica os trabalhadores ao engessar a negociação coletiva, impedindo avanços
que pudessem beneficiá-los. Por isso precisa ser modernizada. Como toda falácia, tenta apoiar-se
em algo da realidade. Realmente a CLT é antiga, antiquada e ultrapassada. Diríamos mais:
extremamente limitada e insuficiente para assegurar os direitos dos trabalhadores. No entanto, esta
legislação nunca proibiu ou limitou qualquer negociação ou acordo coletivo que estabelecesse
condições mais favoráveis aos trabalhadores do que o que está na lei.
Não se busca, portanto, “segurança jurídica”, termo usado recorrentemente na cartilha citada, para a
promoção de avanços para os trabalhadores nos acordos coletivos negociados pelos sindicatos. Para
isso não seria necessária nenhuma mudança na legislação. Do que trata a proposta é de garantir
segurança jurídica para rebaixar ou eliminar direitos e benefícios protegidos pela legislação (que já
são poucos, reconheçamos). Para legalizar uma prática que já existe de fato, por parte de muitos
sindicatos. Não é outra a razão de tantos elogios que a proposta tem recebido de vários setores
patronais em reportagens publicadas em diversos órgãos da imprensa nacional.
Todos sabemos que as empresas, nos dias de hoje, buscam permanentemente a redução dos custos
com o trabalho para aumentar seus lucros. Vêm daí as várias ofensivas para flexibilizar direitos que
são uma característica do neoliberalismo. Este recurso é ainda mais importante para as empresas
agora, com uma crise profunda da economia capitalista que, desde 2008, se alastra e se agrava pelo
mundo afora. Qual o sentido de propiciar-lhes mais um instrumento para atingir este objetivo?
Apoiado na grande imprensa em geral, o capital vem buscando naturalizar uma idéia segundo a qual
um sindicato que sabe negociar é o que negocia acordos atendendo aos interesses da empresa. A
ofensiva da General Motors sobre os operários e o Sindicato de São José dos Campos, para
flexibilizar direitos e reduzir custos sob ameaça de demissão e fechamento da planta é emblemática
neste sentido. As empresas apóiam-se na inexistência de proteção contra demissão imotivada em
nosso país e fazem chantagem contra os trabalhadores e seus sindicatos. Mesmo em um momento
de crescimento econômico e das vendas da empresa, ela ameaça com demissão para reduzir direitos.
E debita ao Sindicato a responsabilidade pelas demissões quando este não aceita suas exigências.
A lógica da proposta de criação do ACE vai nesse mesmo sentido, e acaba ajudando a corroborar a
tese de que a negociação positiva, desejável para os sindicatos, é a que atende aos interesses das
empresas. Transforma o anseio dos trabalhadores - negociar concretamente, no chão da fábrica,
melhorias para suas condições de vida e trabalho - no seu oposto, em negociação que amplia a
degradação de suas condições de vida. Esta proposta, se aprovada, coloca em risco os direitos
relacionados à saúde e segurança no trabalho, férias, 13º, amplia possibilidade de tercerização,
quarterização, e um longo etc. E tampouco garante o emprego, como se pode ver na triste
experiência dos acordos das Câmaras Setoriais na década de 90 e anos 2000.
Alem disso a proposta do SMABC recorre à antiga reivindicação do movimento sindical – o direito
de organização no local de trabalho – para tentar “dourar a pílula”. O Anteprojeto estabelece como
condição, para que um Sindicato possa promover o chamado Acordo Coletivo Especial com uma
empresa, a existência de organização sindical de base nesta empresa. Não há dúvida de que a
existência de organização sindical de base nas empresas é uma necessidade vital. O problema é para
que?
Todos somos a favor de que se possa negociar concretamente, a partir da realidade do local de
trabalho. Mas negociar melhorias para as condições de vida e trabalho da nossa classe, não para
aumentar sua exploração! Todos somos a favor da garantia em lei do direito á organização dos
trabalhadores nos locais de trabalho. Mas para fortalecer a luta dos trabalhadores em defesa dos
seus direitos, não ajudar as empresas a aumentar a espoliação sobre os trabalhadores!
Por todas estas razões, os Sindicatos e dirigentes sindicais que assinam este manifesto, declaram sua
total discordância com o referido projeto e conclamam a todas as entidades e dirigentes
comprometidos com os trabalhadores a somarem-se ao desafio que lançamos desde Porto Alegre, na
data de hoje: vamos a luta para impedir a concretização de mais este ataque aos direitos e interesses
da nossa classe.
Mudanças na CLT sim, mas para melhor e não para pior!
Direito de organização no local de trabalho, SIM!
Proteção contra demissão imotivada, SIM!
Flexibilização de direitos, NÃO!
Porto Alegre, 10 de agosto de 2012.
MANIFESTO
ACORDO COLETIVO ESPECIAL É FLEXIBILIZAÇÃO TRABALHISTA
É PRECISO DIZER NÃO!
NOME: ASSINATURA: ENTIDADE:
PAGANDO PRA VER III! A VEZ DE SÃO GABRIEL!
Trabalhadores da empresa Marfrig de
São Gabriel, a exemplo de Bagé e Alegrete, também rejeitam proposta
patronal e tiram estado de greve!
Em assembléia realizada neste dia 28 de agosto, no portão principal da
empresa Marfrig em São Gabriel, trabalhadores da indústria frigorífica
rejeitaram a proposta patronal e aprovaram o estado de greve que deverá
ser comunicado pelo Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da
Alimentação.
Segundo Gaspar Neves, presidente da entidade, a intransigência dos negociadores da empresa levaram a essa decisão.
-Assim como aconteceu em outras cidades até agora, os trabalhadores
também não aceitaram os índices oferecidos pela empresa. Estamos
aguardando que a empresa tenha o bom senso de marcar outra reunião, aqui
em São Gabriel, e que possamos resolver essa negociação com diálogo.
Disse Gaspar!
Além de diversas lideranças sindicais como os diretores do STIA
Alegrete, representando a Confederação Nacional dos Trabalhadores nas
Indústrias de Alimentação e Afins, Darci Pires da Rocha, coordenador
político da sala de apoio da CNTA aos sindicatos da Alimentação da
região sul, mais uma vez, manifestou aos trabalhadores que os sindicatos
de trabalhadores ligados a CNTA tem buscado o diálogo com a patronal e
procurado mostrar que busca negociar dentro de parâmetros compatíveis
com a realidade do ramo da carne, do tamanho da empresa, e dentro do que
os próprios trabalhadores tem pedido nas assembleias, mas que,
infelizmente, os negociadores patronais insistem em ignorar!
-Amanhã (hoje), estaremos em Pelotas e temos certeza que a decisão dos
trabalhadores de lá não será diferente das demais cidades. Isso deveria
mostrar aos empresários a insatisfação dos trabalhadores com as
propostas apresentadas até agora. Ainda há tempo para negociação, mas
depende da empresa! Afirmou Darci!
Por: Luiz Araújo
ULTIMATO PARA REGULAMENTAÇÃO DO SETOR FRIGORÍFICO!
Trabalhadores dão prazo até setembro para consenso
na criação da norma
regulamentadora dos frigoríficos, no MTE. A partir
daí, categoria irá retomar as
negociações em nível nacional com o patronal
Por
Clarice Gulyas
A saúde
do trabalhador da indústria alimentícia foi tema de conferência realizada nesta
quinta (23/08) pela Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias de
Alimentação e Afins (CNTA), em Brasília. Durante o IV
Encontro Nacional dos Advogados das Entidades Sindicais da Categoria da
Alimentação, que reuniu 56 representantes jurídicos e 44 entidades
sindicais, a categoria decidiu buscar alternativas políticas e jurídicas para
combater a precariedade no setor frigorífico. Entre elas, estão a
formalização de denúncias ao Ministério Público do Trabalho (MPT) e a retomada
das negociações com a Confederação Nacional da Indústria (CNI).
Por ser o
setor mais crítico da Alimentação, em termos de acidentes e doenças
ocupacionais,
a CNTA pede urgência na regulamentação das condições de trabalho nos
frigoríficos. Sem avanço quanto ao consenso com o patronal na elaboração da
Norma Regulamentadora (NR), há mais de um ano no Ministério do Trabalho e
Emprego (MTE), a categoria (com aproximadamente 500 mil trabalhadores) decide
pela retomada da mobilização nacional.
Entre as
principais reivindicações que constam na NR estão pausas de 10 minutos a cada
50 minutos de trabalho, intervalos de 20 minutos a cada 3 horas para alimentação,
e a redução da jornada de trabalho de 7h20 para 6h diárias, além da extinção
das horas-extras. Com o Projeto de Lei nº03/2009 no Senado
Federal, os trabalhadores também exigem a redução da exposição a baixas
temperaturas e ao ritmo frenético de trabalho, dentre outras ações preventivas
de acidentes. Já nas negociações com a CNI, iniciadas em setembro de 2010 e
interrompidas para discussão da NR dos Frigoríficos, a categoria exige ainda o
piso mínimo nacional de R$ 1.000,00.
"A
representação patronal tem dificuldade para viabilizar esta NR. Por se tratar
de um setor crítico, altamente insalubre, decidimos aguardar até o mês que vem
quando ocorrerá o último encontro entre trabalhadores, governo e patrões. Se a
NR não for viabilizada, iremos desenvolver um trabalho de mobilização em todo o
país. Esse é o limite que nós daremos e se nosso pedido não for contemplado,
iremos retomar as negociações com a CNI ou de qualquer outra forma",
afirma Artur Bueno de Camargo, presidente da CNTA (foto).
Fortalecimento
do MTE e impacto social
Outra
aposta da CNTA em relação à defesa de condições mais dignas de trabalho nos
frigoríficos e o restante da categoria da Alimentação é a aproximação com o
ministro Brizola Neto, do MTE, para fortalecer a Pasta em benefício dos
trabalhadores. "O MTE sempre foi tratado por governos anteriores e,
inclusive, pelo governo Lula, como o 'patinho feio', como disse o
próprio
ministro em reuniões com as confederações de trabalhadores no último mês. Isto
vem acontecendo simplesmente porque o governo não tem nenhum interesse em
fortalecer esse órgão, que necessita urgentemente de uma estrutura adequada
para fiscalizar as condições de trabalho e a qualidade das empresas. Esperamos
que com essa abertura, a gente possa prosseguir com esse trabalho e participar
ativamente das propostas do MTE para melhorar e fortalecer a representação
sindical e as condições de trabalho no país", destaca Artur, que também
abordou, durante o encontro, a interferência do governo e do MPT na organização
sindical.
De acordo
com a assessora jurídica da CNTA, Rita de Cássia Vivas (foto), a questão dos
acidentes frequentes no setor (mais de 61 mil entre 2008 e 2010) não deve ser
preocupação exclusiva da categoria, mas de toda a sociedade. “Há estudos,
inclusive do INSS, que apontam que esses acidentes afetam o Estado como um todo
em razão da concessão dessas eventuais aposentadorias por invalidez e,
principalmente, por acidente. Os trabalhadores da nossa categoria sofrem muitas
Lesões por Esforço Repetitivo (LER), por exemplo, quando realizam cerca de 18
movimentos repetitivos a cada 15 segundos no setor de desossa. Já os
trabalhadores da área bovina sofrem muitos problemas na coluna por carregar nas
costas animais de grande porte.”, diz.
Demissões
no RS
O advogado do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação de Bagé (RS), Álvaro Pimenta Meira, lembra a enxurrada de demissões enfrentadas pelos trabalhadores no Rio Grande Sul, região com maior número de trabalhadores em frigoríficos, com mais de 70 mil pessoas. Segundo o especialista, as más condições de trabalho e as demissões frequentes no Estado também refletem prejuízos econômicos, o que pode justificar a alta rotatividade no setor e a falta de avanço na criação da NR. No último mês, a CNTA entregou pessoalmente ao ministro Brizola Neto ofício que denuncia práticas abusivas das empresas Marfrig e JBS Friboi em relação às más condições de trabalho e a falta de comprometimento com os trabalhadores diante do recebimento de altos investimentos governamentais e federais como o BNDES.
“O
frigorífico é um dos ramos que mais movimentam a economia do país e talvez por
isso estejam barrando esse andamento da NR. Esperamos que a consciência
política e a fidelidade com a população leve essa questão à frente. A relação
capital e trabalho é relacionada a esse fato, então as empresas acreditam que
se concederem a folga exigida na NR, irão perder na produção, mas na realidade,
se fizermos o método associativo de rentabilidade do trabalho e satisfação do
trabalhador, seguramente as empresas vão comprar essa ideia.”, avalia Álvaro,
que também critica a morosidade do Poder Judiciário em relação a tramitação das
ações trabalhistas.
Pesquisa
recente da CNTA, em parceria com a Universidade Federal do Rio Grande do Sul
(UFRGS) realizada entre 2007 e 2010 no setor bovino das cidades de Bagé,
Alegrete, Pelotas e São Gabriel, aponta que as maiores queixas quanto aos danos
físicos e psíquicos enfrentados nos frigoríficos são a repetição de movimentos,
com 87% de reclamações; a exigência de rapidez nas atividades, com 83,6%, e a
exposição ao barulho, com 77,4% de queixas.
Assessoria
de imprensa da CNTA
Clarice
Gulyas (61)
8177 3832 / 3242 6171
claricegulyas@gmail.com ou imprensacnta@gmail.com
sexta-feira, 24 de agosto de 2012
Assembléia em Alegrete realizada com sucesso .
Foi realizado no dia 24 de agosto pela Diretoria do Sindicato
da Alimentação de Alegrete a assembleia para apresentar ao trabalhadores do Frigorifico Marfrig de
Alegrete a proposta para a negociação do Acordo Coletivo 2012/2013, sendo a
mesma totalmente rejeitada pelos
trabalhadores , devendo permanecer o interesse e a vontade dos trabalhadores na
melhoria dos valores salariais e demais cláusulas do acordo. Também foi
aprovado estado de greve, o que será
comunicado à empresa. Presente à
atividade, Darci Pires da Rocha, coordenador político da sala de apoio da
Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação e Afins -
CNTA, Gaspar Silveira Neves presidente STIA de São Gabriel e sua diretoria, representantes
da CUT estadual. Ficou definido que a partir
da comunicação à empresa e não havendo
acordo os trabalhadores do Marfrig Alegrete podem
entrar em greve a qualquer momento.
Marcos Rosse
quinta-feira, 23 de agosto de 2012
TRABALHADORES QUEREM O SEUS DIREITOS JUNTO AO MARFRIG.
quinta-feira, 23 de agosto de 2012
PAGANDO PRA VER!
Marfrig não apresenta proposta e trabalhadores de Bagé, reunidos em assembleia, decretam estado de greve!
Reunidos em assembleia convocada pelo Sindicato dos Trabalhadores nas
Indústrias da Alimentação de Bagé, nesta quita-feira, dia 23 de agosto,
em frente a unidade industrial da empresa Marfrig de Bagé, trabalhadores
do frigorífico decidiram tirar estado de greve e autorizaram a entidade
sindical a comunicar a direção da empresa.
Presente a atividade, Darci Pires da Rocha, coordenador político da sala
de apoio da Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias de
alimentação e Afins - CNTA, levou a palavra de apoio da Confederação ao
presidente da entidade, Luiz Carlos Cabral Jorge e a toda sua diretoria
e, em nome do presidente da CNTA, Artur Bueno de Camargo, declarou apoio
e solidariedade dos trabalhadores da alimentação do Brasil a decisão
dos trabalhadores de Bagé.
Segundo a direção do STIA Bagé, os trabalhadores receberam a informação
da proposta apresentada pela empresa e a proposta defendida pela
comissão de negociação, sendo que a proposta da empresa foi rejeitada
por unanimidade.
A proposta da comissão de negociação, coordenada pela CNTA e composta
pelos sindicatos de trabalhadores da alimentação de Alegrete, Bagé,
Pelotas e São Gabriel, recebeu o apoio e a concordância integral dos
trabalhadores.
Amanhã, será a vez dos trabalhadores da empresa Marfrig de Alegrete
realizarem sua assembléia, sendo que em São Gabriel a assembleia
ocorrerá no dia 28 de agosto e em Pelotas, até o fechamento dessa
matéria, ainda não tivemos a data confirmada.
Por: Luiz Araújo
quarta-feira, 22 de agosto de 2012
Trabalhadores do Marfrig decidem em assembléia se aprovam estado de greve
O
Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação de Bagé e Região (STIA
realiza nesta quinta-feira, com primeira chamada às 5h e segunda chamada às 6h,
em frente ao portão de acesso ao Marfrig Bagé, na Vila Industrial, uma assembléia
geral extraordinária. A intenção é mobilizar os trabalhadores do frigorífico em
relação ao andamento das negociações sobre o Acordo Coletivo de Trabalho. A data-base
da categoria é 1º de junho e, até o momento, a pauta de reivindicações não foi
atendida pela empresa. O encontro prevê a deliberação sobre o estado de greve
tendo em vista a falta de avanço nas negociações.
Os sindicalistas
argumentam que há
14 meses os trabalhadores do Marfrig estão sem aumento nos seus salários,
enquanto os trabalhadores dos demais setores da alimentação já tiveram
reajuste. A alegação é de que a empresa recebe benefícios do Governo Federal
(através do BNDES) e do governo do estado, já que o Marfrig tem desconto de 5% no recolhimento
do ICMS, através do programa Agregar. Além disso a cobrança por produção também
é enfatizada, tendo em vista que 20% do quadro de funcionários em benefício
previdenciário).
O presidente do Sindicato, Luiz Carlos
Cabral, ressalta que a proposta de estado de greve é uma decisão que a entidade
não queria. “O problema é que a proposta da empresa em relação ao reajuste
salarial é muito tímida. O trabalhador sabe que aqui mesmo em Bagé, há pequenos
frigoríficos com um piso 20% maior que o oferecido pelo Marfrig”, pondera o
líder sindical. A idéia de realizar o encontro com os trabalhadores na porta da
fábrica, conforme Cabral, é no sentido de levar aos funcionários da empresa um
relato sobre as negociações e, em caso de decisão pelo estado de greve, todos
estarem conscientes dos motivos que levaram ao fato.
Proposta do
Sindicato Proposta
do Marfrig
Reajuste: 10,5% Reajuste:
5,8%
Pisos: Pisos:
Serviços gerais:
R$ 810,00 Serviços gerais: R$ 768,40
Profissionais:R$
872,00 Profissionais:
R$ 813,00
Desconto vale
transporte: 0% Desconto vale
transporte: 0%
Auxílio
escolar: R$ 405,00 Auxílio
escolar: R$ 384,20
Jornalista
responsável: Emanuel Müller
MTE 9810
Assessoria de
Comunicação Social
Sindicato dos
Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação de Bagé e Região
(53) - 9972-5797
sábado, 18 de agosto de 2012
NEGOCIAÇÕES COM MARFRIG NÃO AVANÇAM!
sexta-feira, 17 de agosto de 2012
Reunião em Bagé da CNTA e Sindicatos
filiados definem por assembleias para que os trabalhadores decidam se
haverá greve na indústria bovina gaúcha!
Aconteceu ontem na cidade de Bagé, reunião com a presença das principais
lideranças dos trabalhadores da alimentação das indústrias de carne
bovina do estado para debaterem sobre a demora no fechamento das
negociações com a empresa Marfrig.
Presentes lideranças dos sindicatos dos trabalhadores da alimentação de
Alegrete, Bagé, Pelotas, São Gabriel, além do coordenador político Darci
Rocha, da sala de apoio aos sindicatos da alimentação da região sul da
Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação e
Afins - CNTA.
Na oportunidade, todos os presentes foram unânimes em afirmar que,
apesar do esforço dos trabalhadores, que estão a muito tempo sem
reajuste salarial, além de enfrentarem diversos problemas relatados
pelos próprios trabalhadores, que vão desde condições inseguras,
jornadas extensas e doenças ocupacionais até denúncias de assédio moral,
não puderam contar com a sensibilidade da empresa e de seus
negociadores.
A empresa que chegou a apresentar uma proposta muito distante da
realidade da conjuntura vivida pela indústria bovina gaúcha, tem
resistido a avançar na negociação apesar do alerta das entidades
sindicais que cresce a insatisfação dos trabalhadores nas diversas
fábricas do grupo Marfrig e que, caso a empresa não demonstre
sensibilidade em avançar, não estão descartadas outras medidas para
resolver o impasse.
Darci Pires da Rocha, em nome da sala de apoio da CNTA falou sobre a
decisão das entidades em convocar assembleias para que os trabalhadores
decidam pela tirada do estado de greve.
-Mais uma vez, vemos uma empresa demonstrar insensibilidade diante do
anseio e da angústia vivida pelos trabalhadores e trabalhadoras de um
setor tão difícil como uma indústria frigorífica.
É um setor de carga horária extrema, de condições insalubres absurdas,
cuja remuneração é tão baixa, que esse tipo de indústria só tem mão de
obra, ainda, pela necessidade de sobrevivência de pessoas humildes, de
cidades que muitas vezes não lhes dão alternativas, pois todo mundo sabe
que, havendo uma chance de mudança de emprego, o trabalhador da
indústria frigorífica não pensa duas vezes.
As lideranças sindicais dos trabalhadores da alimentação do estado tem
procurado mostrar aos negociadores da empresa, deixando claro que a
proposta apresentada por eles está distante daquela que já foi fechada
com empresas frigoríficas menores esse ano, que se não houver a boa
vontade por parte deles o processo poderá se radicalizar. Eu acredito
ainda que dialogar é sempre o melhor para as partes, e temos buscado
esse diálogo desde que nossa campanha salarial foi deflagrada, mas se a
empresa entender que não é por aí, só podemos lamentar, mas depois não
venham para a mídia alegar que são os trabalhadores que radicalizaram o
processo, pois disposição de negociar se demonstra com atitude e com
respeito e não com conversas vazias via imprensa ou ameaças de demissões
caso não aceitem a proposta patronal como já aconteceu em algumas
unidades de acordo com denúncias dos trabalhadores que chegaram a nós.
Afirmou Darci!
Entenda a diferença entre as propostas:
Proposta
do Sindicato Proposta do Marfrig
Reajuste:
10,5% Reajuste: 5,8%
Pisos:
Pisos:
Serviços
gerais: R$ 810,00 Serviços gerais: R$ 768,40
Profissionais:R$
872,00 Profissionais: R$ 813,00
Desconto
vale transporte: 0% Desconto
vale transporte: 0%
Auxílio
escolar: R$ 405,00 Auxílio escolar: R$
384,20
De acordo com a coordenação da reunião, foi deliberado que as entidades
convocarão assembleias para que os trabalhadores definam pela tirada do
estado de greve. Até o fechamento dessa matéria o Sindicato dos
Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação de Bagé confirmou assembléia
para o dia 23 de agosto, quinta-feira, na porta da empresa, às 6 horas e
o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação de Alegrete
para o dia 24 de agosto, sexta-feira, às 5 horas da manhã, também na
porta da empresa. Pelotas e São Gabriel deverão divulgar em breve a data
de suas assembleias.
Por Luiz Araújo
segunda-feira, 6 de agosto de 2012
Aconteceu
O Sindicato da
Alimentação de São Gabriel comemorou seus 25 anos no último sábado, dia 04 de
agosto e inaugurou o Salão de Eventos . O Sindicato de Alegrete esteve presente
na confraternização com seus diretores. Em nome de toda a sua diretoria parabeniza o Sindicato de São Gabriel e
deseja muito sucesso na sua caminhada, podendo sempre contar com esta entidade
aqui do Alegrete nas suas atividades em busca de um caminho melhor para sua
categoria.
Marcos
Rosse-Presidente
Aconteceu
Com a presença do
Sr. Artur Bueno, Presidente da CNTA, vários sindicalistas representando
sindicatos do estado e também do município, demais autoridades, imprensa
escrita e falada e convidados especiais
, no dia 28 de julho de 2012, tomou
posse a diretoria do
Sindicato da Alimentação de Alegrete para o período de 2012- 2016 com inclusão de novos diretores
nas secretarias. Sempre com o objetivo de trabalhar em prol da Categoria
da Alimentação, esta nova diretoria assume com o compromisso de
realizar um grande trabalho, almejando novas conquistas, além de manter as boas
negociações e também fazer um trabalho voltado à integração dos trabalhadores.
Marcos
Rosse-Presidente
Noticias que interessam .
STIA informa situação de processos da antiga Cicade e do Frigorífico Piratini
O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação de Bagé (STIA) informa está informando à comunidade sobre a situação de dois processos de interesse de ex-funcionários dos frigoríficos Cicade e Comercial de Alimentos Piratini.
Conforme o assessor jurídico do Sindicato, Álvaro Meira, em virtude de recurso interposto pela União ao Superior Tribunal de Justiça em relação aos valores que foram descontados referente a INSS e Imposto de Renda, os trabalhadores terão que aguardar a tramitação do agravo de instrumento. São os últimos valores referente ao processo que faltam ser pagos.
Em relação à Comercial de Alimentos Piratini, a decisão da Justiça do Trabalho de Bagé determinou que seja aguardado julgamento do recurso da empresa. O STIA havia pedido a liberação dos valores em depósito judicial referente aos arremates dos leilões dos bens dos ex-proprietários que já foram vendidas. O valor arrecadado ficou ao redor de R$ 200 mil. Meira destaca que tentará agilizar o processo junto ao Tribunal Superior do Trabalho, em Brasília. “Só nos resta aguardar”, lamenta o advogado.
Acordos coletivos do setor da alimentação não foram fechados
STIA deve ajuizar Dissídio Coletivo no TRT
O impasse segue na negociação do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação com a classe patronal. A data-base da categoria é 1º de junho. Passados dois meses as negociações não evoluíram a ponto de serem concretizadas, o que causa apreensão aos trabalhadores. Tanto o setor de padarias, engenhos, indústria de laticínios e pequenos frigoríficos quanto as negociações com o Marfrig Group para suas unidades de Bagé e Pampeano (Hulha Negra) ainda estão em aberto.
Caso o acordo não seja fechado até o dia 20 de agosto o Sindicato irá ajuizar o pedido de Dissídio Coletivo perante o Tribunal Regional do Trabalho em Porto Alegre. Isso visando garantir os itens negociados em acordos coletivos anteriores que beneficiam os trabalhadores. “Seremos obrigados a fazer isso devido à intransigência das empresas”, afirma o presidente do Sindicato, Luiz Carlos Cabral.
Jornalista responsável: Emanuel Müller
MTE 9810
Assessoria de Comunicação Social
Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação de Bagé e Região
(53) – 9972-5797
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